Um mundo de descobertas.

Desde que o bebê sai da barriga ele está descobrindo…o mundo, as pessoas, ele mesmo, o tempo todo. Mas agora Isaac chegou numa fase especialmente gostosa, em que ele interage com tudo!

Tenho me afogado em problemas pessoais…me condeno às vezes ao me perguntar será que estou mesmo curtindo meu filho a fundo. Aí hoje, juntos, vivemos um momento super gostoso.

Isaac toma banho de chuveiro com a gente de vez em quando, desde os 3 meses. E odeia. Fica em pânico, afoga, reclama dos respingos de água no rosto. E hoje lá fomos nós desse jeito, como sempre…qdo o banho já estava terminando, de tanto mostrar, de repente consegui convencer Isaac. E vi ele colocar aquela mãozinha gorda encostada na palma da minha, sentindo a água cair…muito calmo. Depois de um tempo virei ele de frente pra água e vi, deliciada, ele estender as duas mãozinhas pra tentar pegar a água e então, olhar pra cima pra ver de onde a água vinha. Sorri, sorri, enlouquecida de felicidade e orgulho!

Deixei ele curtir mais um pouco e depois saímos. Que delícia de momento a dois! Tomara que eu nunca me esqueça disso.

Eu estou te vendo crescer, filho! Descobrir o mundo! Que coisa mais maravilhosa!

 

ps.: tivemos pediatra essa semana. Meu bebê pitico está com 7,3kg e 65cm. Do mês passado engordou muito, mas não cresceu um centímetro. Uê!

A volta dos que não foram.

Esse blog virou uma eterna sucessão de desculpas pelo sumiço, eu volto, depois eu sumo, ahahahaha…já tem muitos dias que tenho vontade de vir aqui – pq agora eu tenho notebook novo! – mas agora, ao contrário do que eu disse um tempo atrás, AGORA FALTA TEMPO SIM!

Isaac já vai fazer 6 meses essa semana. Estamos começando a IA, mas ele ainda mama em livre demanda no tetê da mamãe. Eu voltei a trabalhar quando ele tinha 4 meses, mas fui demitida e resolvi ficar só com ele por mais um tempo.

Eu continuo afirmando que minha paixão de ser mãe fazia total sentido sendo traduzida em: a maternidade me fez muito bem. Me curou de todos os males. Mal de amor, pressão alta, depressão…tudo acabou. Eu vivo pra ele, por ele e com ele.

Mas muita coisa aconteceu, e de vez em quando eu choramingo (mas não choro) a falta de tempo pra mim…a falta de liberdade…as 24h de dedicação exclusiva. O comer, dormir, tomar banho quando a cria permite. E etc.

Mas tá bom.

Vou tentar voltar a escrever, até porque o blog ainda recebe muitas visitas de…tentantes! Curioso, né? Pois é. Quero ainda falar de umas coisas que aprendi na época (se é que lembro, haha).

Preciso atualizar essa barra aqui do lado, hein? hehe!

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(meu amor maior!)

 

O puerpério.

Eu me preparei para o puerpério como quem se prepara pra guerra. Li muito, tanto livros como blogs que falavam sobre o lado B da maternidade. Marquei psiquiatra para 15 dias após o parto, já esperando que ia estar muito louca e precisando voltar pros meus remédios (que acabei ficando sem na maior facilidade durante a gravidez toda), ainda mais por tudo que aconteceu na gravidez. Tive muito, muito medo. Esperei o baby blues, a depressão pós parto…e ela não veio. Ê TODAS COMEMORA o/

Qdo tivemos alta do parto do Isaac, questionamos a pediatra que achamos Isaac meio amarelinho. A filha da puta, com o coombs indireto positivo em mãos, disse que não – mas insistiu muito pra que vissemos outro pediatra ainda aquela semana. Logo, dois dias depois de sairmos do hospital com Isaac, internamos novamente em outro hospital pra que ele fizesse banho de luz devido à icterícia. Minha raiva da médica é que, isso foi um processo muito desgastante, que poderia ter sido evitado, fazendo o banho de luz ainda na maternidade. Lá se foi por água abaixo o começo do meu ‘resguardo’.

Pq nem D nem minha mãe pareciam levar a sério ou entender a gravidade de facilitar um minuto e deixar Isaac tirar o óculos de proteção. Eles simplesmente dormiam como se nada estivesse acontecendo. Fiquei paranóica com isso e não consegui dormir e/ou descansar um minuto durante as ~36h que ele esteve internado. E, acho que ali nasceu minha força.

Eu inchei terrivelmente, fiquei deformada, não senti meu pé direito durante vários dias (confesso que tive medo de dar algum problema). Tive uma alergia horrorosa ao absorvente. Sentia muita dor. Queria ir pra casa, queria meu pequeno em casa, dar banho, cheirar. Andava pelo corredor de madrugada quando todo mundo dormia, e só eu e uma outra mãe com bebê chorando estavam acordadas naquele hospital todo escuro. Foi horrível. Daí eu virei uma leoa. 

E nos dias seguintes abracei minha cria com todo carinho e cuidado e não senti baby blues. Uma coisa MUITO importante teve total influência nisso: eu tive muito apoio, uma ‘base’ que foi fundamental. Apoio incondicional de D, com o bebê, o dia a dia, a amamentação, minha recuperação. E apoio incondicional da minha mãe, que cuidou da casa, da minha alimentação, de roupa, limpeza, etc. Eles formaram um ‘tripé’ de cuidados que foi tudo pra mim. Então eu não tive preocupações. Eu tive exatamente o que eu desejava: todo o tempo livre pra cuidar do meu bebê, curtir e conhecer ele com calma.

Em momento algum eu tive insegurança, senti que não soubesse o que fazer em relação a algum cuidado com Isaac. Eu nunca cheguei a chorar no banho, sentir tristeza, vontade de fugir, ou etc. Tive o cansaço dos primeiros dias, normal, mas reagi muito melhor do que o esperado – e ouvi isso de muita gente, o que me enche de orgulho.rs A maternidade aqui chegou e se alojou de forma muito natural. Não houve medo, despreparo, solidão…o ‘novo mundo’ da minha vida chegou com uma delicadeza deliciosa e me mostrou que minha paixão de ser mãe fazia parte de um plano muito maior e eu estava preparada. Só mesmo Deus sabe o quanto sou grata por ter reagido tão bem.

Aí eu desmarquei o psiquiatra. E não voltei pros meus remédios. E não senti falta. O mérito tb é de Isaac. O bebê mais lindo e dócil que conheço, mesmo nas madrugadas, o que com certeza também ajudou nessa vitória. 🙂

[foto do newborn]

[foto do newborn]

Relato de Parto do Isaac.

Eu sumi por que a maternidade é uma loucura e mal consigo respirar? NÃAAAAO. Sumi pq meu notebook suicidou, há! Estou com um emprestado até comprar um novo e, agora vamos atualizar!

O relato da chegada do Isaac começa quando, com 37 semanas, agendei a cesárea para 39+4, no dia 31/08. Como já estava de licença, continuei organizando as últimas coisinhas, comendo, descansando e esperando o TP…que não veio. Mesmo tendo optado pela cesárea, meu plano e do GO era esperar ‘algum sinal’ do bebê: tp, ruptura de bolsa…mas nada aconteceu. Então no dia 31/08, um dia de sol quente e céu muito azul, às 9h, dei entrada no melhor hospital da cidade pra fazer minha internação, acompanhada de D, minha mãe e minha sogra.

Subi para o quarto, organizei roupa do Isaac, colocaram minhas pulseirinhas de identificação e fizeram um acesso. Poucos minutos antes das 10h vieram me buscar. Segui de maca pro centro cirúrgico acompanhada da minha comitiva. Lembro que subindo no elevador pensei que, ao invés de estar nervosa…putz, eu tava com muita fome.rs Me despedi da minha mãe e da minha sogra, e esperei alguns minutos no corredor enquanto o anestesista não chegava. Nesse tempo meu GO apareceu, um querido, alegre, sorridente e carinhoso como sempre, conversou comigo e então entrei pro centro cirúrgico.

Era uma sala comum equipada pra parto. O anestesista atrasou e, meu médico entrou pra conversar comigo, me contou como foram os últimos dias, o fds dele e o meu, contou como seria o parto mais uma vez e saiu enquanto as enfermeiras arrumavam os instrumentos. Quando o anestesista chegou, fiquei automaticamente nervosa. Ele era educardo mas firme, disse que eu precisava ajudá-lo a me ajudar ¬¬ Tive muito medo, de verdade. Os relatos que lia me deixavam tensa. Uma enfermeira me ajudou a manter a posição, sentada na maca com as pernas pra fora e senti a primeira agulhada, e depois mais uma. Não foi nada demais. Me deitaram e o Dr Anestesista avisou que eu ia sentir as pernas ficarem quentes…(como orientado pelo meu médico, pedi pra ele não me dar nenhum sedativo ou coisa do tipo, que eu não queria ficar grogue nem dormir depois do parto. Funcionou, porque eu só fui dormir por volta das 2h da manhã nesse dia).

Aí foi tudo muito rápido. Pediram autorização pra prender minhas mãos, o Dr GO entrou, a Dra Pediatra entrou e então ele me apresentou a todos, explicou que eu era hipertensa, e etc. Não era pra minha pressão passar de 14/9 e sempre tinha alguém de olho no monitor. Baixaram o campo cirúrgico e, em pouco tempo (pra mim eu ainda sentia minhas pernas!), meu marido apareceu sorridente ao meu lado, com uma roupa cirúrgica toda rosa. COMO ASSIM, GENTE, JÁ ME CORTARAM? Eu sentia mexerem em mim, mas não sentia dor nem agonia por isso. Eu estava muito tranquila.

Em alguns minutos o médico chamou D pra gravar ou fotografar, como quisesse…e ele se foi. O anestesista ficou conversando comigo o tempo todo e, num certo momento, me disse ‘ele já vai nascer’. A equipe conversava comigo e com D, demos risada, e de repente o Dr Anestesista disse ‘já nasceu, parabéns’. E eu pensei: mas ele não chorou? E então ele soltou o primeiro chorinho UÉEEEE…e parou. Foram dois segundos e então ele chorou, chorou…me arrepio de lembrar. Pelo vídeo vi depois que colocaram ele suavemente em cima de mim e, parece que ele demorou a entender que tinha saído da casinha!rs E então ele chorou, chorou…e eu chorei junto. Lembro que pensei ‘eu chorei a primeira vez que te vi chorar, filho’. Até hoje ele chora ‘uéeeee, uéeeeeee’, hahahaha lindo demais!

E então trouxeram ele pra mim. Olhei pro lado e só lembro que disse ‘Oi, filho!’, chorando muito! E em seguida soltei o que, até então, me preocupava ‘nossa, ele é muito miudinho mesmo!’. Encostaram ele em mim, no meu rosto, eu cheirei e beijei aquele pedacinho de gente molhado e quente…mas eu estava tão preocupada em vê-lo tão magrinho que não registrei nada sobre ele. Ele não era pequeno, era comprido e magrinho, então tinha ruguinhas de pele sobrando 😦 levaram ele embora e dali a pouco D voltou, sorrindo: “ele é a sua cara!”. Perguntei se ele estava bem e a Dra Pediatra voltou e disse ‘Mãe, seu filho é perfeito, muito saudável e muito viril (oi que), ele só não ganhou peso, mas aqui fora ele engorda! Fica tranquila! Parabéns!’. D me mostrou fotos dele e então eu registrei que ele tinha um bocão, hahahaha…então ele voltou pra acompanhar os primeiros cuidados enquanto fechavam meu corte.

Essa parte demorou muito. Isaac foi pro bercinho aquecido ali perto de mim mesmo,  mas eu não o via e ele parou de chorar – e eu queria que ele chorasse pra sentir a presença dele! D ia e voltava, conversava com Dr GO, e aos poucos eu fui sentindo todas aquelas coisas ruins do pós parto da cesárea que contam: comecei a coçar, a tremer. Meu acesso soltou e demoraram a ver, me molhei toda. E foi foi…até que avisaram que iam levar Isaac com o pai pro corredor pra irmos pro pós parto.

A sala do pós parto era privativa e ficou eu, D e Isaac. Uma enfermeira veio colocá-lo no peito e, muito timidamente, muito sonolento, ele pegou de levinho, mas soltou logo. Ficamos ali esperando a anestesia passar. Eu tremia muito de frio, uma coisa horrível, reclamei. Me trouxeram um cobertor, me enrolaram, o Dr GO trouxe (escondido) as avós pra ver Isaac, veio o almoço de D…e virou uma calmaria. D cochilou, e eu estava com muito sono, mas me recusava a dormir. Queria ver Isaac, pegar, cheirar, antes que mais gente fizesse isso antes de mim. Pedi pra me entregar ele e ele botou ele deitadinho no meu braço na cama, ainda com a roupinha do hospital. Dormia, meu menino. E eu fiquei ali namorando ele muito tempo…até meu braço doer.rs Colocaram ele pra mamar de novo e então minha anestesia passou – e junto com isso o tal frio que eu sentia.

Aproximadamente às 13h subimos pro nosso quarto. Isaac ia na maca em cima de mim e, nessa hora, minha mãe sumiu pelo hospital. D foi procurar ela e, nos desencontramos, acabei subindo pro quarto sozinha. Na porta do quarto pegaram ele pra dar banho e pronto, surtei, hahahahah. Qdo D apareceu saiu logo correndo com minha mãe para vê-lo tomar o primeiro banho, logo ali de frente no corredor, enquanto me arrumavam: sonda, fralda, regras sobre jejum e etc. Dali uns 20 min ele voltou, só de body e calça brancas, sem luvas ou touca pq estava muito calor, enrolado num cueiro azul e branco e com uma manta de linha azul céu.

E então, começamos, definitivamente, nossa vida juntos. Isaac foi incentivado a mamar, veio pra mamãe, pro papai, pra vovó, tirou fotos. Por volta das 16h pude sentar, comer, trocar de roupa pra um pijama meu e as visitas começaram a chegar.

A chegada de Isaac foi ótima, não tenho nenhuma lembrança que me incomode. Minha recuperação foi ótima. Essa história, o que mais aconteceu  nessa semana e minha opção pela cesárea eletiva, falo mais no próximo post!

Bjos!

🙂

O finalzinho da gestação!

Manter esse blog como registro da gestação foi então um objetivo fracassado.rs e nos últimos tempos não foi falta de tempo, foi falta de foco mesmo.

Com 34 semanas, levei um sustinho. Numa segunda feira eu estava muito, muito nervosa, triste, descontrolada mesmo. Tive um dia de lágrimas o tempo inteiro. No finalzinho do dia, fui ao banheiro e notei que meu protetor tinha uma manchinha escura. Mas só qdo me limpei é que vi: sangue vivo. Entrei em contato com o GO e ele pediu repouso e Buscopan, e que fosse ver ele no outro dia. Mas no outro dia acordei e o sangramento tinha aumentado muito. Fui pro consultório bem cedinho e, depois de toque e exame: nada. Não havia nenhum motivo pro sangramento e, ainda tive que lidar com meu GO fazendo cara de dúvida de que tinha mesmo acontecido alguma coisa – “sorte” minha que tanto minha mãe (que estava comigo) quanto meu marido tb haviam visto o sangue e sabiam que não era mentira. Foram 7 dias de repouso e Aerolin de 12/12h, um remédio mto ruim que me dava taquicardia e fraqueza, mas que cortou as contrações de treinamento, que eu estava tendo muito.

Nesse dia chorei muito. Pensei o quanto eu andava preocupada com pessoas e situações que me desagradavam e, perdendo a cabeça. Se algo tivesse acontecido com Isaac, se eu perdesse o bebê…todos iam dizer ‘sinto muito’. Mas a dor seria enorme e eu, somente eu, ia lembrar e lidar com ela pra sempre. Pra mim, sim, Isaac é amado e esperado demais, é meu bebê, meu filho, não podia facilitar. Nossa única desconfiança é que o stress tenha feito minha pressão subir e estourado algum vasinho, provocando o sangramento. Desde então minha cabeça começou a mudar e eu fiquei mto mais calma.

Na semana seguinte, novo susto: numa US, o médico que sempre me atende acusou perda de peso do bebê, ou ao menos peso muito baixo: Isaac estava com 35s, 44cm, 2.2kg quando esperávamos cerca de 2.6kg. Chorei, fiquei triste, me senti impotente, li sobre bebês PIG e chorei mais. Nesse momento houve uma mudança: de repente todo mundo começou a se atentar pra minha gravidez, D, a família dele (minha família sempre esteve muito envolvida). O GO analisou tudo e concluiu que Isaac tinha dimensões normais, mas que será um bebê pititinho. E que isso podia ser reflexo das medicações da hipertensão e que o melhor que eu podia fazer era me alimentar e descansar bastante.

Me senti mal, me decepcionei com a opinião de D (novamente) sobre o assunto, mas conversando com minha mãe tomei uma decisão. Saí de licença maternidade com quase 36s. Cedo, mas foi o que me permitiu finalmente comer, dormir, descansar e curtir minha gravidez como eu não tinha curtido. Na semana seguinte o cardio tirou uma medicação que podia ser a que estava segurando o peso do bebê, mas mesmo assim meu peso oscilou: ganhei 600gr, perdi 200, ganhei 700…

Hoje estou com exatas 39 semanas, em casa, descansada, tudo pronto, bebê encaixado, muitas dores e ansiedade. Isaac deve chegar na próxima semana e, continua a curiosidade do peso, de como ele está e etc…o remédio que retiramos poderia causar ainda hipoglicemia e bradicardia no nascimento, isso me preocupa demais, mas não sabia quando fui medicada.

Me desejem uma boa hora e torçam pra que meu pimpolho chegue bem, firme, forte e saudável a esse mundo, é tudo que desejo.